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PROGRAMA DE RASTREABILIDADE SOUABR CELEBRA 100 MIL PEÇAS EM PARCERIA COM A RESERVA

A iniciativa pioneira no segmento têxtil do Brasil é desenvolvida pela Abrapa e pelo movimento Sou de Algodão, buscando estimular a moda consciente e promover o valor agregado dos produtos junto ao consumidor

O SouABR, primeiro programa de rastreabilidade da cadeia têxtil do Brasil, desenvolvido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e movimento Sou de Algodão, alcançou o rastreio de 100 mil peças com a marca Reserva. As camisetas, principais produtos da marca, passaram a ser produzidas com o algodão que tem certificação socioambiental ABR (Algodão Brasileiro Responsável).

Este é um marco importante, já que o SouABR é uma iniciativa inédita e representa um avanço na transformação dos processos produtivos, passando a entregar identificação da origem da matéria-prima responsável e informando a sua trajetória. Isso se alinha com os pedidos e cobranças do consumidor final. Pensando nisso, o programa atuou com duas grandes varejistas: a Reserva, a primeira a alcançar este marco representativo, com camisetas para o público masculino, e a Renner, com uma coleção cápsula de peças em jeans, para o público feminino. 

“A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas também com um cenário de responsabilidade socioambiental na cadeia têxtil. Estamos trabalhando para expandir a rastreabilidade dos produtos, garantindo cada vez mais transparência e confiança sobre a origem das nossas peças”, explica Alan Abreu, especialista em ESG da Reserva.

OS NÚMEROS DO SouABR 

Desde o lançamento, em 2021, 10 fazendas, de todo o país, participam do programa. No total, são mais de 10.300 fardos, mais de 595.000 kg de fios, mais de 121.000 kg de malhas, 134 lotes de produção e 66 produtos produzidos e comercializados. 

A RASTREABILIDADE NA CADEIA PRODUTIVA DO ALGODÃO BRASILEIRO

O programa SouABR é a primeira iniciativa de rastreabilidade, em larga escala, na cadeia têxtil nacional, que foi possível por meio da tecnologia blockchain. Isso garante a rastreabilidade do algodão desde a propriedade de origem, com a garantia da certificação ABR, passando por toda cadeia têxtil até o produto na loja. 

As primeiras ações de sustentabilidade da cadeia do algodão tiveram início em 2005, no Mato Grosso, mas foi em 2012 que ocorreu a criação de um protocolo único por meio do Programa de Certificação ABR, que atua em parceria com Better Cotton Initiative (BCI), iniciativa reconhecida mundialmente. 

O protocolo para certificação tem início na fazenda, onde a produção atende a uma série de critérios rigorosos desde o respeito ao meio ambiente e às leis trabalhistas. No programa ABR são verificados 183 itens distribuídos em 08 critérios como contrato de trabalho, proibição do trabalho infantil, proibição de trabalho análogo a escravo, desempenho ambiental e boas práticas. 

De acordo com Alexandre Pedro Schenkel, presidente da Abrapa, sempre existiu a preocupação com a responsabilidade da matéria-prima entregue para a indústria. “Desde muito cedo, já conseguimos comprovar a rastreabilidade pelo Sistema Abrapa de Identificação (SAI). No entanto, tudo era descartado ao chegar nos fornecedores, que não consumiam e não levavam adiante informações tão importantes. Por outro lado, ao mesmo tempo, havia a formação de um consumidor mais informado e em busca de comprovação de origem responsável, da indústria e das marcas. A Abrapa, por meio do Programa SouABR, conectou as duas pontas, e entregou aquilo que já fazia, na cadeia produtiva, ao público, transitando esses dados por toda a cadeia fornecedora que participou da fabricação do produto acabado”, explica.

Para 2023, o SouABR abre as portas para que mais varejistas se juntem à Reserva e à Renner na entrega de peças rastreadas. Os interessados devem preencher um rápido questionário neste link, e aguardar o contato do movimento Sou de Algodão. 

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