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UMA INDÚSTRIA EM MUITAS

21 de abril – Dia da Indústria Têxtil

Segunda maior empregadora do país, a indústria têxtil e de confecção tem importância e atuação que vão muito além do vestuário, tornando-se ponto essencial para o desenvolvimento de outros setores industriais, como o automotivo, agroindustrial, logístico, engenharia civil, geotécnica, saúde, e mais uma infinidade deles, que estão tão entranhados em nosso dia a dia que acabamos nem percebendo.

“Um tema no qual o Brasil é ímpar é o de ser um dos poucos países que preservou uma cadeia produtiva integrada – a maior do Ocidente -, que envolve a produção de matérias-primas como o próprio algodão e fibras sintéticas, a transformação dessas matérias-primas em tecidos e vestuário. Isto significa que a indústria têxtil tem impacto significativo em outros setores, e por ser um setor enorme, ele reverbera em diversos outros segmentos da economia. Somos também um setor que tem empresas seculares, com características de longevidade, mostrando a capacidade de inovação e superação de desafios ao longo do tempo”, afirma Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Carlos Fernandes, diretor comercial da The Lycra Company Brasil, endossa esta visão. “A indústria têxtil brasileira ainda é uma das poucas no mundo que conta com uma completa cadeia têxtil, começando desde as fiações de diversas fibras sintéticas e naturais, até as confecções e marcas varejistas locais. Isso é um valioso diferencial que gera inovação, rapidez de reação e produtividade na cadeia como um todo, o que torna muito importante valorizarmos e mantermos essa cadeia completa e operante”, diz.

O diretor-superintendente da Abit ainda destaca que a indústria têxtil e de confecção desempenha um importante papel no desenvolvimento econômico de um país por diversos motivos e, entre eles, está a capacidade de geração de empregos, especialmente na área da confecção, que é intensiva em trabalho.

“Isso que significa a abertura de oportunidades em todo o território nacional para muitas pessoas poderem se profissionalizar e ocupar posições dignas para suas vidas, o que é particularmente muito importante em países em desenvolvimento”, salienta.

Hoje, o setor emprega formalmente cerca de 1,34 milhão de pessoas, e mais 8 milhões se adicionados os trabalhadores indiretos e pelo efeito “renda”.

“Não é à toa que, fazendo os cálculos com base nos dados do IBGE, a cada R$ 1 bi de faturamento, nós geramos ao menos 5 mil postos diretos de trabalho e 700 indiretos, e em torno de 1.250 postos gerados pelo efeito ‘renda’, isso só no vestuário. É um setor que tem essa capacidade e essa capilaridade”, destaca Pimentel.

Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit.

COMPETITIVIDADE NO CENÁRIO GLOBAL

Segundo dados do IEMI – Inteligência de Mercado, o faturamento da indústria têxtil brasileira foi de R$ 190 bilhões em 2021, e poderia ser muito maior se tivesse melhores condições de produção e competitividade, tanto no mercado interno quanto no externo.

“Defendemos uma integração internacional equilibrada, com países que têm marcos regulatórios como os nossos, que respeitam as leis, e neste sentido, esta integração se dá porque o comércio internacional de têxteis e confeccionados é um dos maiores do mundo, chegando a US$ 800 bi de um total de US$ 2 tri na produção mundial. Então, é um comércio muito grande e que permite trabalhar na integração mundial levando a economia criativa de um país, trabalhando todos os conceitos de sustentabilidade, bem como nas vendas e compras. Integra-se ao mundo culturalmente na moda, na tecnologia, e tudo isso faz”, afirma o diretor-superintendente da Abit.

Carlos Fernandes, da The LYCRA Company, reforça que um dos grandes desafios da indústria têxtil brasileira é a busca por competitividade no mercado global, com mais isonomia para competir de igual para igual, além de mais acesso para que tenhamos o mercado têxtil brasileiro acessando novas fronteiras e mercados consumidores.

GERAÇÃO DE VALOR

Fernando Pimentel diz que apesar de ser um setor que muitas vezes não é visto como de alta tecnologia – mas este cenário vem mudando, especialmente na indústria têxtil, cada vez mais intensiva em capital e tecnologia, utilizando avançados processos de produção, de máquinas e equipamentos para aumentar a produtividade e reduzir custos, o que também ajuda no desenvolvimento tecnológico do país -, o têxtil tem capilaridades enormes e mexe com a economia criativa como poucos.

“Quando se pensa que 1 quilo de algodão é exportado por US$ 1,70 e 1 quilo de roupa, em média, a US$ 20 (no Brasil pode chegar a US$ 30), é porque vários elos da cadeia produtiva vão sendo integrados e sendo adicionado valor em cada um deles, com designers e fabricantes trabalhando juntos para criar um produto sustentável e de qualidade”, aponta.

Para impulsionar a indústria têxtil brasileira, bem como a mundial, o diretor comercial da The LYCRA Company Brasil diz que a principal contribuição da companhia é seguir buscando inovações que irão gerar novos negócios e soluções ao mercado têxtil, desenvolvendo novas formas de atrair e impulsionar o mercado consumidor. “Estamos também investindo em nossa produção local do LYCRA® Anti-Slip, um fio revolucionário para o mercado de tecido plano e denim que proporciona muito mais qualidade e durabilidade nas peças”, revela.

Carlos Fernandes, diretor comercial da The LYCRA Company Brasil.

SUSTENTABILIDADE

Carlos ressalta que outro grande desafio para a indústria têxtil é a contínua busca por produções cada vez mais sustentáveis, tanto no âmbito ambiental quanto no social, e a busca por inovações que atendam às exigências do consumidor moderno.

“A The LYCRA Company é referência em inovação, desde a criação do fio LYCRA® original, fibra revolucionária que mudou completamente a performance e conforto dos tecidos, e segue investindo em novas tecnologias e soluções para acompanhar a necessidade do consumidor. Com relação à sustentabilidade, mais uma vez temos ações pioneiras no setor como a Planet Agenda, que apresentou recentemente nossas metas e compromissos até 2030 para consolidar uma produção cada vez mais sustentável. Nosso compromisso é elevar qualitativamente os padrões da indústria têxtil como um todo, sempre suportados por uma forte construção ética na condução dos negócios ao longo de toda a cadeia têxtil.”

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