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IMPOSTOS E CUSTO BRASIL EMPERRAM INDÚSTRIA BRASILEIRA DESDE OS TEMPOS DE TIRADENTES

Depois de mais de dois séculos da morte do herói da Inconfidência Mineira, a indústria brasileira ainda se vê presa às mesmas amarras históricas: juros altos e burocracias que impedem seu crescimento, analisa o presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel.
Segundo o dirigente da entidade, a carga tributária brasileira, que na época era de 20% de todo o ouro produzido, evoluiu para 33,4% do PIB, o mais alto percentual da América Latina e equivalente à aplicada a países ricos da OCDE, o grupo das 34 economias mais desenvolvidas do mundo, onde os impostos cobrados equivalem a 34,4% do PIB.
Por outro lado, Pimentel destaca a baixa colocação do país no ranking de retorno dos impostos, traduzidos em benefícios e bem-estar: trigésimo lugar, o que indica poucas contrapartidas, apesar do alto volume de tributos pagos.
O presidente da Abit chama a atenção ainda para os obstáculos enfrentados pelos empresários industriais brasileiros contemporâneos, como o elevado custo da energia, a precária infraestrutura da malha viária e ferroviária, dificuldade de acesso ao crédito e o câmbio volátil.
Além disso, o dirigente aponta como um fator de preocupação para a indústria local a competição desleal com produtos importados, sensação materializada pelo desempenho da produção física dos produtos têxteis e de vestuário e acessórios, que recuaram 4,4% e 1,7% em fevereiro, na comparação a janeiro, respectivamente.
Reflexo destes obstáculos que há séculos freiam o crescimento da indústria local, esses números confirmam as dificuldades de recuperação do setor, fortemente prejudicado pela aguda crise que afetou o país nos últimos três anos.

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