Marca carioca apostou na sinergia entre as lendas e culturas brasileira e japonesa
Na abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, realizada nesta sexta-feira, 23 de julho de 2021, além da bandeira do Brasil, dos passinhos de samba e das Havaianas nos pés, Bruninho e Ketleyn, os atletas escolhidos para representar a delegação brasileira, se destacaram também pelo figurino: o colorido vibrante dos uniformes sociais foi assinado pela marca carioca Wöllner.
Na camisaria e bermuda para os homens e vestidos no estilo chemise para as mulheres, a estamparia desenvolvida pelo time de estilo da Wöllner fez uma sinergia entre elementos da cultura brasileira e japonesa, unindo flora, fauna e embalando com os traços nipônicos e simbologias de ambos os países.
Entre as folhagens tropicais surgem carpas que, segundo uma lenda oriental, em época de desova, ao conseguirem enfrentar a subida da correnteza e pular cascatas até chegar à cabeceira do rio, se transformavam em dragões, simbolizando coragem, força e determinação para alcançar seus objetivos e sonhos.
Por sua vez, o pirarucu* – “O Gigante da Amazônia” -, maior peixe de água doce do mundo (pode chegar a mais de 200 quilos) e o mais antigo da região amazônica (pré-histórico), também possui uma lenda em seu entorno, que reza o seguinte: na tribo dos Uaiás, no sudoeste da Amazônia, nasceu um índio chamado Pirarucu (que em Tupi quer dizer peixe (pirá) de cauda vermelha (urucum)), que mais tarde se tornaria um grande e forte guerreiro. Pirarucu era filho de Pindarô, chefe dos Uaiás e conhecido por sua bondade. Mas dono de uma grande força e grande guerreiro, como não tinha esse mesmo traço do pai, zombava dos deuses e chegou a capturar índios de sua própria tribo e matá-los sem motivo algum. Foi então que certa vez, Tupã, o mais poderoso dos deuses indígenas, enviou tormentas de chuvas e raios enquanto Pirarucu pescava com outros índios, e um desses raios acertou em cheio seu coração. Como nem assim se arrependeu das maldades, foi transformado vivo em peixe e levado para as profundezas do rio.
As peças foram todas confeccionadas no Brasil e com mão de obra local, na própria fábrica da Wöllner, no Rio de Janeiro, e entre os tecidos utilizados estão o algodão, viscose, moletom e poliéster (jaqueta e mochilas). Além disso, ainda foram desenvolvidas 10 camisetas em colaboração com 10 atletas pertencentes ao Time Brasil que embarcou para o Japão, entre eles Netinho (taekwondo); Beatriz Ferreira e Vinicius Figueira (boxe); Bruno e Evandro (vôlei); Martine e Kahena (vela), e Marcus D’Almeida (tiro com arco).
Para quem quiser, as peças estão à venda no site da Wöllner: www.wollner.com.br.
*Fonte: Embrapa Pesca e Aquicultura