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ORGANIC BRASIL: DA ESCASSEZ UMA OPORTUNIDADE

Quando um objetivo em comum une três grandes parceiros, o sucesso é destino certo. É o que vem acontecendo entre a Dalila Têxtil, a Cataguases e a Natural Cotton Color, juntas para fazer acontecer o Organic Brasil, projeto que está plantando uma verdadeira semente para o fomento do algodão orgânico brasileiro.

Como grande malharia, a Dalila Têxtil tinha que importar algodão orgânico de países asiáticos para poder produzir seus tecidos. André Klein, CEO da companhia, conta que isso o incomodava, pois procurava fornecedores nacionais e não encontrava nenhum que pudesse atender às necessidades da empresa, então, há cerca de dois anos, começou essa procura com afinco. “Não faz sentido nosso país ser um dos maiores exportadores de algodão convencional, mas não haver a viabilidade da compra de algodão orgânico dentro do próprio território nacional”, declara Klein.

Nessa movimentação, um amigo em comum entre ele e Francisca Vieira, da Natural Cotton Color, colocou-os em contato e eles viram que tinham desejos alinhados em pôr o algodão orgânico brasileiro numa rota de crescimento e desenvolvimento.

“Consegui conhecer um pouco melhor o projeto do plantio de algodão orgânico na Paraíba, em pequena escala, mas promissora. A região é muito pobre, com agricultores de assentamentos familiares, escassez de água, lavouras descentralizadas e que precisam de uma organização e infraestrutura melhores para poderem se desenvolver”, revela.

Parceira de primeira hora, a Cataguases foi convidada a embarcar nesse projeto também e, desde então, André e Tiago Peixoto, CEO da Cataguases, viajam com frequência à Paraíba para trabalharem junto ao poder público da região e aos agricultores dos assentamentos, aprendendo e trocando experiências com o intuito de criar um ambiente saudável e frutífero para todos. “Mesmo com a baixa escala e a mecanização de processos, plantio e colheita em grande parte manuais, é incrível o que eles conseguem fazer: criaram uma tecnologia própria para a redução das pragas, fazendo da escassez uma oportunidade. A perspectiva para este ano de 2022 é ter uma grande escala de algodão orgânico na região”, destaca Klein.

Nesse arranjo, Dalila e Cataguases se comprometeram com as prefeituras e os assentamentos locais a comprar toda a produção pelo preço justo, que é em torno de 30% a 40% acima do que é cobrado pelo algodão convencional no mercado.

“O algodão orgânico brasileiro é recebido na Cataguases, em que há toda uma alta tecnologia para a fiação. São feitos a triagem, a limpeza e o beneficiamento, garantindo um fio de qualidade ímpar. Na Dalila, conseguimos fazer os tecidos planos e a malharia com esse algodão e, em conjunto, estamos criando um trabalho de desenvolvimento social na região.”

Foto: Divulgação

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