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LANMAX 30 ANOS

Uma história pautada no empreendedorismo e visão de futuro

Uma das maiores distribuidoras de máquinas e costura industrial do Brasil e, hoje, a maior distribuidora de peças de máquinas de costura industrial do mundo, a Lanmax completa 30 anos de mercado com o espírito mais jovem do que nunca.

Muito desse fôlego vem de sua fundadora e presidente, Bin Lam (foto), que imigrou da China para o Brasil aos 15 anos, com sua família, e viu a vida tomar um rumo diferente do imaginado. 

“Quando cheguei aqui ao Brasil, não falava uma palavra de português. Na realidade, para mim, estudar nos Estados Unidos seria muito mais fácil quanto à linguagem, já que Hong Kong, de onde vim, fora colônia inglesa, portanto o inglês é a segunda língua, na qual eu era fluente. Fazer o colegial aqui e aprender português do zero foi um desafio”, confessa Bin.

Filha de médico e sobrinha de farmacêuticas, esse foi o primeiro caminho escolhido pela jovem logo que terminou o colegial, feito em escola pública. Na verdade, foi por meio de um trabalho escolar no segundo grau que conheceu a biblioteca da Universidade de São Paulo (USP), ficou encantada com aquele campus e sentenciou: “é aqui que quero estudar e me formar”. E assim o fez, graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela maior universidade do país, foi estagiar em grandes laboratórios e, nesse momento, seu caminho começou a cruzar outras estradas, como a do comércio exterior.

“Na época da faculdade, conheci alguns traders que trabalhavam em importações da China, quase sempre de peças para bicicletas ou máquinas de costura. Depois de formada, quando atuava na área de vendas dos laboratórios farmacêuticos, reencontrei um desses contatos que me propôs trabalhar com ele na área de comércio internacional e pensei: por que não? Mesmo sem nunca ter costurado, acabei optando pela área de máquinas de costura”, conta Bin, destacando que aquele era um período ainda muito fechado tanto no mercado brasileiro quanto no chinês, no final dos anos 1980.  

“Naquela época, não havia produção nacional de máquinas de costura, então tudo era importado e consumido rapidamente, e isso me deixou fascinada, apesar de não ser minha área de formação. Sempre gostei de comércio exterior, sou comunicativa, e meu pai me incentivou bastante a atuar neste viés”, revela.  

NOVOS CAMINHOS

Impulsionada por sua nova área de atuação, Bin precisava trazer novos revendedores de máquinas de costura ao portfólio da importadora para a qual começava a trabalhar. Respirou fundo e foi com a cara e a coragem ao bairro do Bom Retiro, em São Paulo, e à Rua São Caetano, na Luz, ali pertinho, batalhar sua carteira de clientes.

“Acho que tenho estrelas, pois na minha primeira venda fechei seis contêineres”, relembra Bin Lam.

“Naquela época, com o Brasil ainda muito fechado para o comércio exterior, os chineses também acabavam se fechando por não falar a língua e não conhecer as empresas daqui. Como eu já estava há 6 anos no país, falando português – com sotaque, mas falando –, tinha mandarim e inglês fluentes, então foi um trunfo para desbravar o mercado, pois os chineses preferiam fazer negócios por traders, com grandes exportadoras,ou com alguém que falasse sua língua, ou fosse conterrâneo. Foi um período em que trabalhei muito e aprendi bastante também.”

Passados alguns anos, a jovem futura empresária optou por começar a representar uma marca chinesa de máquinas de costura, mas deixou a parceria para se lançar em outro desafio: colocar uma marca própria no mercado brasileiro. E assim nascia a Lanmax. “Fomos a primeira empresa do Brasil a ter a ideia de pôr uma marca própria aqui no país em máquinas de costura fabricadas na China”, revela a fundadora e presidente da Lanmax.

Ela conta que, como sempre visitava diversas fábricas na China, colocava um selo de qualidade para saber que tal fabricante poderia ter máquinas com o nome Lanmax, fazendo uma seleção criteriosa para não manchar sua reputação no mercado. Após cinco anos, iniciou o trabalho com peças de reposição para esses maquinários.

“Vimos as necessidades do mercado e, hoje, somos muito fortes nesse segmento também. Na verdade, a Lanmax é, hoje, o maior fornecedor brasileiro de peças para máquinas de costura industriais; trazendo contêineres fechados, ninguém faz isso. E, junto à Cavemac, adquirida pela Lanmax em 2017, formamos o maior conglomerado de peças do mundo”, ressalta.  

UM NOVO PATAMAR PARA AS MÁQUINAS CHINESAS

Bin revela que na época em que começaram o negócio, ela e seu sócio, Tai Lam, as máquinas chinesas não eram referência no mercado, mas, sim, as alemãs e as japonesas, porém perceberam que a China estava melhorando cada vez mais seus equipamentos, e aqueles outros grandes fabricantes perdendo espaço de mercado em relação ao custo-benefício. “Então, “surfamos nessa onda” e abrimos uma grande vantagem competitiva nesse quesito”, conta a empresária.

Em sua visão, atualmente o mercado está mais democrático, com espaço para todos, mas a tecnologia chinesa melhorou tanto que abocanhou uma grande fatia desse segmento, que teve uma transformação enorme, tanto que alguns fabricantes europeus de máquinas de costura foram comprados por empresas chinesas.

“Nesses 30 anos de Lanmax, o mercado mudou muito de quando olhavam para as máquinas chinesas com desdém e, agora, sabem da sua qualidade, tanto que se tornaram os maiores fabricantes do mundo. Daqui para a frente, acredito que as máquinas de costura chinesas só tendem a melhorar, e não vejo outros players asiáticos superando esse status. As tecnologias também evoluirão muito e pretendemos acompanhar de perto esse movimento, sempre pensando além do preço aos clientes, mas na relação custo-benefício para levar o melhor a eles e atender às suas necessidades. E o sucesso da Lanmax dedico a todos os funcionários e revendedores de todo o Brasil, que colocaram a marca nesse patamar.”

É FESTA!

No dia 25 de março, a equipe brasileira da Lanmax reuniu-se presencial e virtualmente, por meio de uma live ao vivo, para celebrar os 30 anos, com petiscos e sorteios de diversos prêmios.

Colaboração: André Alves e Valdir Porto Ribeiro

Foto de Abertura: Luciana Castro

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